sexta-feira, 14 de junho de 2013

Falar muito não é falar bem

Olá, pessoas!

Frequentemente a Oratória é confundida como um conhecimento que só deve ser relacionado aos políticos.
Quando se toca no assunto, muitos, desconhecedores profundos do tema, sempre citam algum candidato, algum manifestante ou algo que o valha.
Acontece que a Oratória precisa ser desmistificada.
Há a necessidade de se tirar essa aura de pomposidade, intelectualidade e formalidades que ela exala.
Dá para ser um bom orador em todos os segmentos, em todos os sentidos.
Dá para proferir palestras, ensaios, seminários de uma forma fluida, sem rodeios, com uma comunicação clara e objetiva.
No meu entendimento, creio que as pessoas deveriam se atentar mais para a importância da comunicação oral. Afinal, é dela que depende o resultado final de qualquer um de nossos projetos que são escritos, muitas vezes, quando estamos sozinhos ou em período de concentração.
Esse recolhimento faz parte do processo de criação, pois precisamos de um tempo para conjecturar, organizar, propor e escrever nossas ideias.
E chega uma hora que estas ideias precisam sair do papel, alcançar novos participantes, desenvolver novos argumentos, se adaptar às reais necessidades que nem sempre estão presentes 'na hora da teoria'.
Muitas vezes, achamos que, pelo fato de falarmos muito estamos falando bem.
E não é assim que a verdadeira comunicação se processa.
Será que estamos falando algo com conteúdo?
Será que não estamos apenas compilando outro (imitando qual um papagaio) ao invés de expormos nossos próprios pensamentos?
Será que estamos aptos a enfrentar (no bom sentido) uma plateia e colocar nossos argumentos com fluidez, de modo que nos sintamos satisfeitos após uma apresentação?
Pensando nisso, elaborei algumas dicas simples para facilitar todo esse processo.
Testei comigo mesmo há anos quando comecei a pensar numa comunicação plena e posso dizer que os resultados foram satisfatórios.
Pratique você também.
- Estimule sua leitura.
Por mais desconhecido que seja o assunto num primeiro momento, isso vai auxiliá-lo a conhecer novas palavras e saber como o outro está pensando sobre determinado assunto;
- Elabore seu raciocínio.
Antes de começar a falar muito, saiba aonde você quer chegar com a comunicação.
Ultimamente, o storytelling é muito requisitado e, em suma, nada mais é do que 'saber contar a história'. Começo, meio e fim são importantíssimos para a compreensão do outro.
- O óbvio precisa ser dito.
Muitas vezes dizemos algo e achamos que o interlocutor entendeu perfeitamente porque aquilo 'é óbvio'. Isso gera ruído na comunicação. Não tenha medo de ser explicativo.
- Seja sucinto e objetivo.
Evitar floreios e utilizar palavras difíceis que dificultam o entendimento.
Você usa alguma rede social?
Crie um blog. Exponha suas ideias. Releia. Revise.
Tem problema em 'se estender muito'?
Então, utilize o twitter. Tente expor seu raciocínio em poucas palavras. Daí a nossa sugestão para vários tipos de leitura. Nós conseguimos dizer a mesma coisa de formas diferentes. Basta tentar.
- Seja direto
O politicamente correto, muito em uso hoje em dia, pode prejudicar e até desviar o foco do assunto que você quer abordar;
- Curto e grosso.
Isto não significa ser deselegante ou mal educado. Você tem de passar suas ideias com clareza e objetividade e não se ater a termos usuais que não levam a lugar algum;
- Comece treinando em casa.
O método é simples e tem uma base até familiar:
Como conseguiremos encantar a pessoa de fora – que não nos conhece – se nem dentro de casa conseguimos nos comunicar corretamente?
Comece praticando de forma espontânea, mas consciente, com as pessoas que estão próximas a você.
Elabore suas ideias, explique-as e se faça entender.
- Comece sempre do zero.
Nunca admita que já sabe tudo. A Oratória é um constante aprendizado e o falar em público corretamente auxilia não só no trato social como também no profissional.
Caso precise se aprimorar com monitoramento, entre em contato e terei a disponibilidade para assessoria neste sentido.
Afinal, quem não se comunica, se trumbica, como diria o Velho Guerreiro.

É isso.


Um comentário:

Celebrante Romon disse...

Artigo extremamente interessante e oportuno. Cada vez mais podemos notar a falta de argumentação de uma grande maioria. É uma pena que nosso "sistema Educacional" não privilegie a comunicação. Isso evitaria muitos dissabores advindos dos mal entendidos ocasionados, justamente, pelo que chamamos "ruidos" na comunicação. A capacidade de expressar idéias com a utilização de símbolos é próprio do ser humano, fator que o diferencia dos demais animais, Quanto mais distante dessa capacidade, maiores serão suas dificuldades de ascensão social e até mesmo na escala evolutiva do ser. Tentando plagiar o velho guerreiro podemos dizer que "quem não melhora sua comunicação, acaba sempre na mão".